quinta-feira, 31 de julho de 2008

Uma a uma

Jpfn, Junho 2008

Uma a uma. Alinhadas.

As horas passam. Tic-tac. Os segundos passam. Tic-tac
O velho relógio, coberto de pó, é implacável.

Direita. Esquerda. Os obstáculos ameaçam.
Quais obstáculos? Qual relógio?

Páro. Sôfrego, tento inspirar.
O ar será respirável?

Desvio-me do líquido que cai na minha direcção.
Que líquido? Quais obstáculos? Qual relógio?

Tenho que saír daqui.
Será seguro?

Tic-tac....

Perfeição 1

Farelão, Julho 2008

Metro Paris 4

Jpfn, Julho 2008

Metro Paris 3


JPFN, Junho 2008

domingo, 27 de julho de 2008

Uma luz

JPFN, julho 2008

Na sequência da mensagem anterior, espero que uma luz que encontro sobre a minha cabeça me ilumine os pensamentos

Onde me leva o caminho?

JPFN, Julho 2008
Por momentos olho e hesito. Deverei prosseguir o caminho que não sei onde vai acabar?

quinta-feira, 24 de julho de 2008

Ode ao sentimento e à ausência de sentir

Gostaria de sentir o que sinto.
Mas se o sinto, porque não sinto?
Se o sentimento é sentido, o que faltará para sentir o que sinto?
Poder-me-ei sentir desprovido de sentimentos?
Estranho sentimento este de não saber se é estranho não saber o que se sente...
JPFN, Dezembro 2006
pela actualidade, merecedor de re-publicação

Começo a conhecer-me

Um dos mais bonitos poemas de Álvaro de Campos. Ou, pelo menos, um dos que mais significado tem para mim pelos já longos anos que leva a meu lado, sempre relido em surdina.

"Começo a conhecer-me. Não existo.

Sou o intervalo entre o que desejo ser e os outros me fizeram,
ou metade desse intervalo, porque também há vida ...
Sou isso, enfim ...
Apague a luz, feche a porta e deixe de ter barulhos de chinelos no corredor.
Fique eu no quarto só com o grande sossego de mim mesmo.
É um universo barato."
Álvaro de Campos

As três irmãs

JPFN, Julho 2008
Uma luz ilumina a praia distante.
A tranquilidade que transmite supera toda a nostalgia gerada.
Sinto-me feliz de sentir que pertenço. Onde e a quem? Não saberei, jamais. Mas alguém pertence?
Devastado por não pertencer, fixo na memória aquelas três pedras que no Oceano instaladas existem. Somente. Não bastará?

quarta-feira, 23 de julho de 2008

Um negócio brega


Brega, como diz a Mayra, mas ils ont mis la sable à coté de la Seine et, VOILÀ, on a une plage pour profiter à Paris! Qual comporta, qual quê!!!! Prometo uma foto para breve.

Le prochain weekend


Talvez uma ida ao Mont St Michel. Parece um bom destino. Pelo menos assim consta. Para umas belas fotografias mentais pelo menos.

domingo, 20 de julho de 2008

Missão dada é missão cumprida


Sem palavras ainda. Tropa de elite. Guardado na galeria dos melhores de 2007...

Flaming lips do séc. XXI?

Os MGMT são mais uns dos muitos produtos (VW, p.e.) saídos de Brooklin que nos ultimos 12 meses invadiram os meus leitores de mp3. A primeira audição fez-me recuar uns anos. Terra, cerveja, pot, musica e um barulho psicadélico que preenchia o céu da costa alentejana.

Sabe bem, portanto, ouvir estes americanos.


sábado, 19 de julho de 2008

Do Xvème ao XVème

Um passo, dois passos, cem passos. Pico. Sento. Viajo. Tiro os auscultadores. Escuto. Engraçado. Percebo quase tudo. Conversa de merda. Em toda a parte. Blah blah blah. Calados. Enfim desço. Mantenho auscultadores desempregados. MGMT aguarda mais um pouco.
Céu nublado, passo descontraído, charmosa Bv St Germain. O cheiro a crepes preenche o ar. Afasto-me da tentação. Um passo, um sorriso, dois passos, um olhar, cem passos, um café granizado no sítio do costume. Paro. Bonjour. Sento. Une bière. Um artigo. Di George. ALPS. Enjoo. L'addition. Billet. Levanto-me. Balader, il faut me balader. Bv St Michel. O barulho fica para trás, a Sorbonne à esquerda. Sigo. Deixo jardim Luxemburgo à direita. Sigo o caminho ainda por definir. Um passo, silêncio, dois passos, nuvens, cem passos, uma loja natalys. Um sorriso ao imaginar a sua rebelia suprime a dor quase insuportável da sua ausência. Place d'Italie. Une petite tour et ils se vont. Quero pessoas. Melhor que Rue Moufetard? Impossível. Um morango. Uma laranja. Cem queijos. Mil cafés. Uma cadeira. je m'asseoi. Un vert de vin. Música. Sorrisos. Beijos. Quartier Latin fantástico. Sinto o vento que vem do Sena cerrar os meus olhos. Absorvo os cheiros, sinto-me parisiense. Português. Mas Parisiense. Il a fallu que tu revienne. Tenho que ir. Levanto-me. Sigo os meus pés que me fazem passar na Place de la Contrescarpe e seguir. Un panini poulet s'il vous plait. Marchant, marchant. Voila le metro. Il faut que j'arrive. J'ai mal aux pieds. Merda. Preciso de mim. Preciso de pensar. Preciso de parar de pensar. Cheguei. Heuresement.....Uff.......

sexta-feira, 18 de julho de 2008

La première dame

Il existe au milieu du temps la possibilité d’une île
Il existe au milieu du temps la possibilité d’une île
Ma vie, ma vie, ma très ancienne
Mon premier vœu mal refermé
Mon premier amour affirmé
Il a fallu que tu reviennes
Il a fallu que je connaisse
Carla Bruni, Comme si de rien n'etait

Le rêve

JPFN, Julho 2008
Je dors. En faite, je me repose et en t'attendant je rêve avec toi.

quinta-feira, 17 de julho de 2008

La came

Duas almas. Um corpo. Uma sombra. Uma sombra preenche os espaços entre os múltiplos grãos de areia que os separa...Jpfn, Julho 2008

O palhaço

Não resisto. Mesmo longe. Ou melhor, principalmente longe. Sim, o palhaço fez-me sorrir ao atravessar a periferia de Paris.
Pablo, Pablito Aimar!!!

A bientot

Oui, a bientot... je vous rejoindrai bientot...
Jpfn13, Junho 2008

quarta-feira, 16 de julho de 2008

Babel de quem?

Nos ultimos dois anos poucas foram as leituras que me tenham feito parar. Ha cerca de 15 meses o magnifico "desgraça", deste senhor,foi uma dessas excepções. Agora fui subitamente derrubado por esta obra prima de um conterrâneo que muito me enche de orgulho. Devorei em 5 dias um livro soberbo. Como disse Saramago, escreve "tão bem que até irrita". Aconselho vivamente até porque anseio discuti-lo.