Duas almas. Um corpo. Uma sombra. Uma sombra preenche os espaços entre os múltiplos grãos de areia que os separa...
Jpfn, Julho 2008
quinta-feira, 17 de julho de 2008
quarta-feira, 16 de julho de 2008
Babel de quem?

quarta-feira, 25 de junho de 2008
Eternal Woman
Let's build a cult of two
Like a cop that needs a clue
I want to infiltrate in you
These are the words that have done
A bit of shut-eye in my mind
It wouldn't hurt to want to speak 'em out some time
...
Maybe I'm too romantic
These expectations I should quell
But I would rather drown with you
Than watch the surf with someone else
E-T-E-R-N-A-L
Eternal woman are you listening well?
Eternal woman are you breaking this spell?
...
Maybe I'm made for roaming
Or floating around in shackled dreams
It's not about where you're going
But where you feel you already should have been
E-T-E-R-N-A-L
Eternal woman are you listening well?
Eternal woman are you breaking this spell?
Eternal wonder is all I want
Aim for the stars
If it's waning
You go it alone
Like a cop that needs a clue
I want to infiltrate in you
These are the words that have done
A bit of shut-eye in my mind
It wouldn't hurt to want to speak 'em out some time
...
Maybe I'm too romantic
These expectations I should quell
But I would rather drown with you
Than watch the surf with someone else
E-T-E-R-N-A-L
Eternal woman are you listening well?
Eternal woman are you breaking this spell?
...
Maybe I'm made for roaming
Or floating around in shackled dreams
It's not about where you're going
But where you feel you already should have been
E-T-E-R-N-A-L
Eternal woman are you listening well?
Eternal woman are you breaking this spell?
Eternal wonder is all I want
Aim for the stars
If it's waning
You go it alone
dEUS- eternal woman
L'opaque paradis- II
Parfois je me retrouve à fermer
Les portes de mon passé
Parfois je me retrouve à penser
Qu’ parfois il faut oublier
Une historiette qui goûte de la lune
Une promesse qui m’ coûte une fortune
Une reverie pleine de grace
Je m’balade à Montparnasse
Oh Paris
La vill d’une nuit
Oh Paris
La chance et le pari
Oh Paris
Le Merveilleux ennui
Oh Paris
Le flash, l’opaque paradis
Les portes de mon passé
Parfois je me retrouve à penser
Qu’ parfois il faut oublier
Une historiette qui goûte de la lune
Une promesse qui m’ coûte une fortune
Une reverie pleine de grace
Je m’balade à Montparnasse
Oh Paris
La vill d’une nuit
Oh Paris
La chance et le pari
Oh Paris
Le Merveilleux ennui
Oh Paris
Le flash, l’opaque paradis
J'arrive-2
D'abbord, je suis encore ici. C'est pas mauvais ici.
Mas je manque mon fils. Par ailleurs je manque toi aussi, étoile.
Mas je manque mon fils. Par ailleurs je manque toi aussi, étoile.
terça-feira, 24 de junho de 2008
Tabacaria II
Que sei eu do que serei, eu que não sei o que sou?
Ser o que penso? Mas penso tanta coisa!
E há tantos que pensam ser a mesma coisa que não pode haver tantos!
Gênio? Neste momento
Cem mil cérebros se concebem em sonho gênios como eu,
E a história não marcará, quem sabe?, nem um,
Nem haverá senão estrume de tantas conquistas futuras.
Não, não creio em mim.
Em todos os manicômios há doidos malucos com tantas certezas!
Eu, que não tenho nenhuma certeza, sou mais certo ou menos certo?
Não, nem em mim...
....
O mundo é para quem nasce para o conquistar
E não para quem sonha que pode conquistá-lo, ainda que tenha razão.
Tenho sonhado mais que o que Napoleão fez.
Tenho apertado ao peito hipotético mais humanidades do que Cristo,
Tenho feito filosofias em segredo que nenhum Kant escreveu.
Mas sou, e talvez serei sempre, o da mansarda,
Ainda que não more nela;
Serei sempre o que não nasceu para isso;
Serei sempre só o que tinha qualidades;
Serei sempre o que esperou que lhe abrissem a porta ao pé de uma parede sem porta,
E cantou a cantiga do Infinito numa capoeira,
E ouviu a voz de Deus num poço tapado.
Crer em mim? Não, nem em nada.
...
Fiz de mim o que não soube
E o que podia fazer de mim não o fiz.
O dominó que vesti era errado.
Conheceram-me logo por quem não era e não desmenti, e perdi-me.
Quando quis tirar a máscara,
Estava pegada à cara.
Quando a tirei e me vi ao espelho,
Já tinha envelhecido.
Estava bêbado, já não sabia vestir o dominó que não tinha tirado.
Deitei fora a máscara e dormi no vestiário
Como um cão tolerado pela gerência
Por ser inofensivo
E vou escrever esta história para provar que sou sublime.
Ser o que penso? Mas penso tanta coisa!
E há tantos que pensam ser a mesma coisa que não pode haver tantos!
Gênio? Neste momento
Cem mil cérebros se concebem em sonho gênios como eu,
E a história não marcará, quem sabe?, nem um,
Nem haverá senão estrume de tantas conquistas futuras.
Não, não creio em mim.
Em todos os manicômios há doidos malucos com tantas certezas!
Eu, que não tenho nenhuma certeza, sou mais certo ou menos certo?
Não, nem em mim...
....
O mundo é para quem nasce para o conquistar
E não para quem sonha que pode conquistá-lo, ainda que tenha razão.
Tenho sonhado mais que o que Napoleão fez.
Tenho apertado ao peito hipotético mais humanidades do que Cristo,
Tenho feito filosofias em segredo que nenhum Kant escreveu.
Mas sou, e talvez serei sempre, o da mansarda,
Ainda que não more nela;
Serei sempre o que não nasceu para isso;
Serei sempre só o que tinha qualidades;
Serei sempre o que esperou que lhe abrissem a porta ao pé de uma parede sem porta,
E cantou a cantiga do Infinito numa capoeira,
E ouviu a voz de Deus num poço tapado.
Crer em mim? Não, nem em nada.
...
Fiz de mim o que não soube
E o que podia fazer de mim não o fiz.
O dominó que vesti era errado.
Conheceram-me logo por quem não era e não desmenti, e perdi-me.
Quando quis tirar a máscara,
Estava pegada à cara.
Quando a tirei e me vi ao espelho,
Já tinha envelhecido.
Estava bêbado, já não sabia vestir o dominó que não tinha tirado.
Deitei fora a máscara e dormi no vestiário
Como um cão tolerado pela gerência
Por ser inofensivo
E vou escrever esta história para provar que sou sublime.
Tabacaria, Álvaro Campos
Tabacaria I
Não sou nada.
Nunca serei nada.
Não posso querer ser nada.
À parte isso, tenho em mim todos os sonhos do mundo.
...
Estou hoje vencido, como se soubesse a verdade.
Estou hoje lúcido, como se estivesse para morrer,
....
Falhei em tudo.
Como não fiz propósito nenhum, talvez tudo fosse nada.
A aprendizagem que me deram,
Desci dela pela janela das traseiras da casa.
Fui até ao campo com grandes propósitos.
Mas lá encontrei só ervas e árvores,
E quando havia gente era igual à outra.
Saio da janela, sento-me numa cadeira. Em que hei de pensar?
...
Nunca serei nada.
Não posso querer ser nada.
À parte isso, tenho em mim todos os sonhos do mundo.
...
Estou hoje vencido, como se soubesse a verdade.
Estou hoje lúcido, como se estivesse para morrer,
....
Falhei em tudo.
Como não fiz propósito nenhum, talvez tudo fosse nada.
A aprendizagem que me deram,
Desci dela pela janela das traseiras da casa.
Fui até ao campo com grandes propósitos.
Mas lá encontrei só ervas e árvores,
E quando havia gente era igual à outra.
Saio da janela, sento-me numa cadeira. Em que hei de pensar?
...
Tabacaria, Álvaro de Campos
domingo, 22 de junho de 2008
Se estou só, quero não estar
Se estou só, quero não estar,
Se não estou, quero estar só,
Enfim, quero sempre estar
Da maneira que não estou.
Ser feliz é ser aquele.
E aquele não é feliz,
Porque pensa dentro dele
E não dentro do que eu quis.
A gente faz o que quer
Daquilo que não é nada,
Mas falha se o não fizer,
Fica perdido na estrada.
Fernando Pessoa, poesias inéditas
sábado, 21 de junho de 2008
Ironia que faz viver
Non Je Ne Regrette Rien
Non, Rien De Rien, Non, Je Ne Regrette Rien
Ni Le Bien Qu`on M`a Fait, Ni Le Mal
Tout Ca M`est Bien Egal
Non, Rien De Rien, Non, Je Ne Regrette Rien
C`est Paye, Balaye, Oublie, Je Me Fous Du Passe
We're all just passengers in time and space
We're all just passengers
In time and space
An end we never chase
But fate will erased
Marvelling at
How your beauty stays
Your time
Not seen it passing
Your beauty showed
But you had to go
A moment
Made out of moments
Made out of gold
And your silver soul
And no one knows what you've become
You elegantly put us on
Forever and a day...
In time and space
An end we never chase
But fate will erased
Marvelling at
How your beauty stays
Your time
Not seen it passing
Your beauty showed
But you had to go
A moment
Made out of moments
Made out of gold
And your silver soul
And no one knows what you've become
You elegantly put us on
Forever and a day...
dEUS- Vanishing of Maria Schneider
sexta-feira, 20 de junho de 2008
L'opaque paradis
Je m’ sens indifferent
Il y a rien qui me touché, que le vent
Les rues sont comme des champs
Le rien remplit le temps
Oh Paris
Mais qu’est-ce que j’ fous ici?
Oh Paris
Tu m’appelles et puis tu m’oublies
Oh Paris
Je sais qu’il faut que je fuie
Oh Paris
Le flash, l’opaque paradis
Il y a rien qui me touché, que le vent
Les rues sont comme des champs
Le rien remplit le temps
Oh Paris
Mais qu’est-ce que j’ fous ici?
Oh Paris
Tu m’appelles et puis tu m’oublies
Oh Paris
Je sais qu’il faut que je fuie
Oh Paris
Le flash, l’opaque paradis
Zita Swoon- L'opaque Paradis
Retourné
Regressado. Muito tempo depois reabilito este espaço. Agora, como então, serei porventura mal interpretado. Importará? Talvez, a quem ler...
Há mais de uma década a deprimir-me, estes belgas são geniais!
Há mais de uma década a deprimir-me, estes belgas são geniais!
Subscrever:
Mensagens (Atom)